Medo do escuro


Sentadas nas carteiras menos riscadas, eu e minha amiga ficávamos no fundo da sala. Pelas brechas das janelas abertas vinham os raios solares em direção a nós. Os ventiladores, fazendo barulho sopravam um vento frio, anunciando um pequeno arrepio. A professora, escrevendo contas em uma lousa na parede, as contas se transformavam em monstros para alguns, e para outros sinônimos de conhecimento. Sentada, parada eu lia cada número, cada questão... O barulho do giz colorido ringindo me arrepiava. A Claridão do sol atrapalhava a luz dos meus olhos, roubava a nitidez da lousa. O fim da luz terminava. Assim de repente veio um temporal. A luz do sol que atrapalhava minha nitidez, agora é o medo dos trovões e relâmpagos e de não poder voltar para casa. O medo maior do que a sala me levava a pensar que as pessoas eram vultos e cada barulho assustava-me e levava -me a levantar e ascender a luz, o claro me devolvia as coisas em seu tamanho verdadeiro. A minha maior dificuldade era acomodar as coisas dentro da mochila, mas sempre sobra alguma coisa.

Aline 7º ano A